quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

"O cancro não é uma doença, é um mecanismo de sobrevivência"



Felizmente (ou não!) fomos dotados da capacidade de pensar e de nos questionarmos, é certo que nem todos fazem valer essa capacidade, mas eu por acaso questiono-me bastante, às vezes de mais.
Toda esta situação que tenho vivido me tem levado a questionar sobre alguns aspetos, tenho procurado bibliografia, muita matéria me tem suscitado interesse, desde a génese do cancro até às formas de o combater. Há quem ache que isso não me faz bem, que não devia pensar tanto neste assunto e que devia era ler uns romances para desanuviar a cabeça. Mas eu não penso assim, o meu interesse vai crescendo por este tema, quanto mais coisas leio mais tenho necessidade de ler, e gosto! Porque haveria de não o fazer?
Tenho chegado a algumas conclusões/questões acerca do cancro que gostava de partilhar.
O que tenho vindo a descobrir é que à semelhança do que acontece com o consumo de carne e as proteínas associadas a esta, em que nos foi incutido pela sociedade que se não comermos carne não consumimos proteína, quando se sabe que a proteína está em quase tudo de origem vegetal, o mesmo acontece com o cancro. Desde sempre ouvimos falar do cancro como sendo uma doença assombrosa, qualquer um treme por dentro quando recebe um diagnóstico de cancro, vê-se nele o risco de morte eminente. Ok! É chato ter umas células pouco saudáveis a crescer descontroladamente no nosso organismo, mas e outras doenças como as insuficiências cardíacas, ou uma diabetes ou até mesmo uma simples úlcera no estomago? Não são doenças potencialmente fatais?
Claro que sim! Um diabético, por exemplo, se não tiver a sua doença sob controlo de certeza que pode morrer com um coma hiperglicémico (quando o açúcar no sangue sobe muito) ou uma hipoglicémia (quando o açúcar no sangue baixa muito). Isso não acontece com frequência porque toda a gente é ensinada a controlar os seus diabetes, o problema é que ninguém foi ensinado a controlar o seu cancro!
Ora vejamos, ajudem-me a pensar porque há algo aqui que não faz sentido: o cancro é uma doença oportunista, quando vê uma fraqueza no sistema imunitário ataca, certo? Então e qual o tratamento padrão para o cancro? Quimioterapia e radioterapia, certo? Tratamentos que destroem terrivelmente o nosso sistema imunitário: o cabelo cai, a pele fica pálida, perde-se a força e a vitalidade, etc, etc. Então mas não devíamos era restabelecer o nosso sistema imunitário para que ele consiga combater e controlar o crescimento das células cancerígenas, tal e qual uma diabetes?
Não estou a perceber então….
Não digo que não devemos recorrer à medicina tradicional e se me dissessem após o meu diagnóstico que teria que fazer não sei quantas sessões de quimioterapia eu teria feito. Porque é isso que acontece, é dado um diagnóstico tão aterrador que estamos disposto a tudo o que nos propuserem sem sequer nos questionarmos. Mais uma vez não estou contra os tratamentos existentes para o cancro, apenas por vezes questiono a sua eficácia e questiono o facto da maior parte das pessoas se limitar a esperar pelo resultado sem ter um papel ativo no mesmo. Se quando temos gripe tomamos um chá de limão com mel porque faz bem, porque não temos esse papel quando se trata de outra doença POTENCIALMENTE mais grave?
Enfim, isto sou eu a falar, mas se quem estiver a ler isto estiver a passar por algo deste género, retenham uma coisa: o cancro não é nenhum bicho papão, podemos morrer de cancro? Sim, mas também podemos morrer devido a uma doença coronária, uma insuficiência renal ou até de uma simples gripe. Não façamos as coisas parecerem piores do que são e, muito importante, há que fazer parte ativa de todo o processo. Se tivermos que recusar um tratamento porque não temos a certeza da sua eficácia não podemos ter medo de o fazer, se não nos dão alternativas temos que ser nós a procurá-las!

Foto e edição: Carla Carloto

 (O titulo do post é de um livro com o mesmo nome, do autor Andreas Moritz)

3 comentários:

  1. Portanto não teve de fazer quimioterapia... Sortuda! Mas não vamos menosprezar os tratamentos de medicina tradicional só porque o seu cancro não era bastante agressivo ou não tinha metastases... Eu tenho um cancro super agressivo que se espalha a uma velocidade alucinante e se nao fosse a quimioterapia a reduzir as metastases não sei bem onde estava hoje... Concordo com o que diz a comida é bastante importante mas não fazer os tratamentos é loucura! Conheci uma senhora que decidiu não fazer mais quimioterapia porque a alimentação contra o cancro era suficiente infelizmente durou 2 meses! Beijinhos e as melhoras :)

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    1. Não me propuseram a quimioterapia para já, porque faço outros tratamentos. Engana-se, tenho um melanoma de Grau IV com metástases pleurais. Também não disse que sou contra os tratamentos convencionais, ponho apenas algumas questoões sobre a sua eficácia. Tem que haver um motivo para que as metastases se espalhem, se dermos os estímulos certos ao organismo ele tem a capacidade de autocura. O nosso sistema imunitário tem que estar a 100% para que possa combater o inimigo.
      Beijinhos e Obrigada pela sua opinião

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    2. Temos de nos agarrar a tudo... Força e que lhe corra tudo bem! Eu também faço o trabalho de casa e tento me alimentar o melhor possivel! Fico à espera das suas receitas que têm sido uma inspiração! <3

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