sábado, 14 de fevereiro de 2015

Doce de Framboesa (sem açucar)

Tinha esta receita guardada e nada melhor que o dia de hoje para a publicar. Em tempos fui uma pessoa muito preocupada com estes dias, mas entretanto deixei de o ser. É um dia que não passa de mais um dia marcado pelo excesso de consumismo e por uma comemoração que acaba por não fazer muito sentido. Também gosto de receber prendinhas e coisas românticas, mas recebê-las hoje acaba por não ser própriamente uma surpresa.

De qualquer maneira o conselho que deixo é que digam todos os dias, se for preciso, o quanto gostam da pessoa que está ao vosso lado, digam "amo-te" sem medos e façam suspresas mais do que uma vez por ano!!

E que tal um docinho de framboesa, sem adição de açucares? Para barrar uma torrada, umas panquecas, adicionar a um iogurte, etc. 
Não demora mais que 10minutos a fazer. Eu usei framboesas congeladas, mas claro que podem ser frescas.



Ingredientes:
Framboesas a gosto
Mel ou Xarope de Arroz (para os mais gulosos)

Preparação:
Numa panela mais ou menos à medida da quantidade de framboesas, colocá-las lá e deixar cozer em lume brando até desfazer. Pode ser apenas isto ou adicionando um pouco de mel ou xarope de arroz para adoçar e cortar alguma acidez.

Usar na hora e guardar no frigorifico num frasco de vidro com tampa.

Bom fim-de-semana :)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Noodles de Arroz com Cogumelos Shitake e Molho Verde

Mais uma vez os nossos amigos shitake estão presentes nesta receita. Muita gente me tem perguntado onde arranjar estes cogumelos, pois bem agora tem sido dificil encontrar frescos nos supermercados, mas de vez em quando há. Eu como gosto de os comer pelo menos todas as semanas, comprei desidratados (e assim tenho sempre), na altura de cozinhar é só deixar em água uns minutos e depois cozinhar normalmente. São um pouco caros é verdade, mas realmente têm muita qualidade, basta dizer que é dos alimentos que mais estimula o nosso sistema imunitário.
Já agora não precisamos de ir muito longe para os comprar, temos aqui uma marca da terra: Terrius.

Ora bem, e os noodles de arroz? São ótimos e há em qualquer supermercado, são saciantes, não têm compostos refinados e têm um baixo índice glicémico.

Adoro esta receita, era capaz de comer todos os dias!



Ingredientes:
- Noodles de Arroz
- Cogumelos Shitake
- Espinafres
- Alho
- Sal
- Pimenta preta
- Manjericão seco
- Azeite
- Limão

Preparação:
Começei por fazer o molho verde. Numa frigideira com azeite e alho picado coloquei os espinafres a gosto, podem por uma grande quantidade porque eles desidratam e fica muito pouco. Depois de salteado, pus tudo na liquidificadora, juntei sal e pimenta, um pouco de sumo de limão, o manjericão seco para dar mais sabor e reduzi tudo até ficar um creme/molho.
Os cogumelos foram desidratados e depois salteados num pouco de azeite.
Por fim, os noodles cozem muito rapidamente. Depois da água levantar fervura juntam-se os noodles e deixa-se cozer um minuto, mexendo sempre, depois desliga-se o fogão, escorre-se e serve-se de imedianto.
Nada mais fácil!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"Ter razões fortes para viver"



Este é o título de um dos capítulos de um livro intitulado Remissão Radical de Kelly A. Turner, especialista e investigadora em oncologia integrativa. Neste livro ela descreve a sua pesquisa feita em vários países onde descobriu centenas de doentes que sofreram aquilo a que se chama de Remissão Espontânea.
Revejo-me em muitos dos casos descritos neste livro, especialmente em termos de sentimentos vivenciados por estes doentes e maneiras de encarar a doença. Se pensarmos bem, a maioria dos cancros acontecem em alturas particulares da vida, após situações de stress, de cansaço extremo, alturas em que o sistema imunitário está particularmente debilitado, etc. A este diagnóstico seguem-se mudanças!
Não é clichê, quando se diz que um diagnóstico de cancro muda a nossa vida, de facto muda, e em certos aspetos muda para melhor, faz-nos pensar e relativizar o que nos rodeia. Estive cerca de 40 dias internada no hospital, foi um internamento difícil, muito penoso. Estava grávida e cheia de planos na minha cabeça quando lá entrei, e saí de lá sem o filho que tanto desejava, com um cancro para combater, com uma família completamente devastada, e eu completamente perdida. Aos poucos as coisas foram-se compondo e comecei a sentir os pés firmes na terra e apercebi-me de uma coisa: faço falta a muita gente!
Para mim morrer não me assusta, aliás esse seria o caminho mais fácil, deixar-me simplesmente levar, esperar pelo efeito da medicação sentadinha no meu sofá. Mas ver as pessoas que sofrem por mim á minha volta deixa-me arrasada. Não gosto de ver a minha mãe chorar com medo de me perder, corta-me o coração quando vejo o meu pai num sofrimento atroz por minha causa. E depois, tenho o meu companheiro/namorado/marido/amigo (e muitos mais) que me diz que nós temos que morrer os dois velhinhos daqui a muitos anos e que ainda precisa muito de mim. Perante isto eu penso: não, não posso mesmo morrer já, pelo menos sem antes tentar o que tiver ao meu alcance.

Foram dezenas de telefonemas, mensagens e visitas no hospital, foi uma manifestação de carinho que não imaginava. Tudo isso mexe muito connosco inevitavelmente! A minha família, o meu marido, os meus amigos são tudo pra mim, é por eles que tenho que lutar!... 

Ter razoes fortes que nos agarrem à vida é essencial em todo este processo. Tudo acontece por uma razão, é preciso tirar partido mesmo das situações mais negativas que nos possam acontecer. 

Hoje soube do falecimento do pai de uma amiga: cancro do pulmão. Não consigo imaginar o sofrimento desta família e não há como não sentir uma pontada cá dentro quando ouço que mais um doente morreu devido aquilo a que chamam a “doença do século”, o “flagelo da humanidade”. Alguma coisa está a falhar àqueles que tanto investigam uma cura pro cancro. Será mesmo que temos que esperar sentados que sejam eles a darem essa tão esperada cura? Não estará a cura em cada um de nós?

Enfim, mais um pequeno desabafo…


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Panquecas de Centeio e Papoila

A cozinha vegetariana requer alguma imaginação, no entanto, não é dificil encontrá-la. Tenho descoberto alimentos que nem sabia que existiam e formas de confecionar totalmente novas. Não me passava pela cabeça fazer panquecas sem utilizar a farinha de trigo, mas realmente é possivél.

Apesar do centeio ser um cereal que, à semelhança do trigo, contém glúten, ao contrário do trigo, este tem muito mais benefícios. Faz todo o sentido susbtituir o trigo pelo centeio, já que, por exemplo, este gera uma resposta muito mais baixa de insulina do que o trigo, ou seja, aumenta pouco os niveis de açucar no sangue. 
Para além disso, é grande fonte de fibra e ainda - muito importante - tem uma coisa que se chama fitonutrientes ou fitoquimicos que têm um papel super importante no sistema imunitario, logo no cancro. Se ao centeio juntarmos a linhaça moida, melhor ainda pois esta está também está carregada de finutrientes.



Eis então a receita:
Ingredientes:
1 chávena de farinha e centeio
1 chávena de leite de soja light
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 colher de sopa de azeite
1 ovo de linhaça (1 colher de sopa de linhaça em pó misturada com 2/3 colheres de sopa de água)
3 colheres de sopa de água 
1 colher de chá de agave ou outro adoçante
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
Sementes de papoila a gosto

Preparação:
A preparação não tem muito que saber, é só misturar todos os ingredientes e depois numa frigideira anti-aderente ou com um pouco de azeite despejar porçoes de massa e deixar cozinhar, sem queimar!

Para acompanhar é otimo com compotas de fruta sem açucar, fruta ao natural ou outra pasta vegetal.